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Alunas criam dispositivo que reduz barulho em sala de aula

Ainda em fase de testes, equipamento já diminuiu ruído em 35% em pouco mais de um mês. Iniciativa concorre em prêmio nacional.

Três alunas do ensino médio da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Ângelo Scarabucci, de Franca (SP), desenvolveram um protótipo que faz com que o barulho em sala de aula diminua por meio de um alarme que é acionado quando o volume alcança 85 decibéis.


Alunas que desenvolveram protótipo para diminuir barulho em Franca, SP — Foto: Lindomar Cailton / EPTV
 

A iniciativa tem a intenção não só de controlar o som alto no ambiente escolar, mas, principalmente, de ajudar alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

 

O dispositivo visual foi feito com uma bateria de furadeira, um microfone, uma placa de medição de ruído e um giroflex.


Dispositivo que avisa sobre som alto em sala de aula foi desenvolvido por alunas de Franca — Foto: Lindomar Cailton / EPTV
 

 

Em pouco mais de um mês da instalação do equipamento, testes comprovaram a redução de 35% dos ruídos em sala de aula.

 

O estudante Wesley Gabriel Soares, de 16 anos, tem TEA e comemorou o resultado.

 

Professor e orientador do projeto, Henrique Pereira explica que a proposta não é voltada apenas para a ciência e tecnologia, mas também para a saúde e a diversidade.

 

Para ele, o dispositivo despertou ainda a própria atenção para um nível de tom mais adequado e calmo dentro da sala de aula.

 

Beatriz Angélica, de 16 anos, é uma das três alunas que desenvolveram o projeto. Ela conta que a motivação partiu ao notarem o desconforto que o colega com TEA tinha diante de tanto barulho.

 

A eficácia do projeto também é destacada pela aluna Maria Eduarda Silva Augusto, de 16 anos.

 

 

Com o sucesso do equipamento, outra ideia para minimizar demais ruídos da sala de aula foram colocadas em prática.

 

“Cortamos couro do tamanho dos pés das cadeiras e colamos. Então, quando arrasta [a cadeira], é mais pesado e o som sai menos agudo. Incomoda menos”, conta Beatriz da Silva Lara, de 17 anos.

 

As alunas já pensam em expandir o projeto para outros ambientes, como hospitais e outras salas de aula com alunos com TEA ou não, uma vez que acreditam que a diminuição dos barulhos ajuda a todos.

 

Influência do som para quem tem TEA

 

A terapeuta ocupacional Renata Freitas Martins Zorzenon, doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, explica que não são todos os autistas que têm disfunção sensorial, mas existem estudos que já a correlacionam a 98% do autismo.

 

Ela explica que a identificação de alguma disfunção em processamento sensorial em autistas deve ser feita em clínica e não é possível detectar por meio de exames.

Fonte: G1 - Ribeirão Preto e Franca

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