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Casal é preso suspeito da morte do filho recém-nascido em Franca, SP

Caso aconteceu no dia 27 de outubro, mas pais do bebê de 53 dias foram detidos na terça-feira (5), após terem a prisão temporária decretada pela Justiça.

Um casal de Franca (SP) foi preso suspeito de envolvimento na morte do filho, um bebê de 53 dias.

 


Paulo Ricardo Borges Bernardo e Thalita Ariel Freitas de Camargos foram presos suspeitos da morte do filho, de 53 dias, em Franca (SP) — Foto: Arquivo pessoal

 

O caso aconteceu no dia 27 de outubro, mas o pintor Paulo Ricardo Borges Bernardo, de 22 anos, e a mulher dele, Thalita Ariel Freitas de Camargos, de 25, só foram detidos na terça-feira (5), após a Justiça decretar a prisão temporária deles.

 

Um inquérito policial foi instaurado e Paulo e Thalita são investigados pelo crime de homicídio qualificado, no âmbito da Lei Henry Borel, que considera crime hediondo o assassinato de menores de 14 anos.

O pintor foi localizado pela polícia por volta das 20h de terça-feira na casa da irmã, no bairro Pampuã, em Ipuã (SP). A mulher foi encontrada mais cedo, por volta das 18h30, na casa da mãe, no bairro Vicente Leporace I, em Franca.

 

Os dois são pais de Micael Benício Freitas Bernardo, que morreu menos de uma hora após dar entrada na Santa Casa de Franca, há duas semanas. De acordo com o boletim de ocorrência, o bebê chegou no hospital por volta das 13h20 apresentando quadro característico de parada cardiorrespiratória. 

 

A equipe médica que atendeu a criança informou à polícia que foram realizados diversos procedimentos para reanimar o paciente, mas o óbito foi constatado às 14h18.

 

Ao g1, a advogada Talita Cardia, que defende Thalita, disse por meio de nota que a mãe do bebê é inocente.

 

Uma advogada da Defensoria Pública foi nomeada para defender Paulo apenas para a designação da audiência de custódia, mas ela não seguirá com o caso.

 

Hematomas e fraturas

 

Segundo o boletim de ocorrência, o bebê deu entrada na Santa Casa de Franca com parada cardiorrespiratória no dia 27 de outubro, às 13h20.

 

A equipe médica tentou reanimar Micael por 58 minutos, mas a criança não resistiu. O bebê tinha hematomas pelo corpo e exames de raio-x apresentaram provável fratura na região occipital (crânio), além de fratura de costelas bilateralmente e presença de derrame pleural (água no pulmão).

 

A Polícia Militar foi acionada por conta da hipótese diagnóstica de violência contra a criança.

 

Em depoimento à polícia no dia da morte do filho, Thalita disse que o bebê acordou por volta das 10h chorando porque queria mamar.

 

A mulher disse que amamentou o bebê, ele dormiu e ela saiu de casa para votar (a data condiz com o segundo turno das eleições municipais). Ainda segundo Thalita, 20 minutos depois, ela voltou para a residência e encontrou o marido e o bebê tomando banho.

 

Ao deixarem o banheiro, a mulher pegou o filho no colo e notou que ele não estava bem. O casal, então, chamou uma ambulância e o menino foi encaminhado à Santa Casa.

 

Já o pai da criança disse que 15 minutos após a saída da mãe, Micael começou a chorar e ele decidiu dar um banho no filho para tentar acalmá-lo.

 

Quatro dias depois do primeiro depoimento, Paulo foi ouvido novamente pela polícia e disse que durante o banho, deixou o filho cair no chão enquanto o ensaboava.

 

Segundo ele, o bebê ficou escorregadio por conta do sabonete e ele não conseguiu segurar a criança.

Fonte: G1 - Ribeirão Preto e Franca

Postagem: 7 Nov. 2024

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